VENCENDO O MAL COM O BEM!
Nos primeiros onze capítulos de sua carta aos romanos, Paulo apresenta “o mais completo ensinamento teológico e doutrinário acerca do maravilhoso mistério de Deus, que é a fé crista”. Ou seja, através de Paulo, o Senhor revelou o seu perfeito e imutável plano de salvação, que é a base da nossa crença.
Entretanto, tudo que foi exposto, precisa ser “transportado do campo da reflexão para a prática funcional da vida cristã. De modo que, enquanto a ortodoxia – “orthos” (reto) e “dóxa” (opinião) é a crença correta, a ortopraxia -“órthos” (reto) e “praxe” (pratica) é a prática correta da crença”. Assim, a partir do capítulo doze, temos, não um pragmatismo, mas a forma prática de viver a doutrina que cremos.
Apresentar nosso corpo e nossa mente “por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”, é a forma de experimentarmos a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Ou seja, se nós cremos que fomos salvos mediante a fé em Cristo, vivamos de acordo com a vontade de Deus.
Em Romanos 12.17-21, Paulo aborda um assunto sobre o qual temos muita dificuldade: nossa confiança na justiça de Deus. Mesmo uma simples leitura do trecho, não nos deixa dúvidas de que Deus é o responsável pela aplicação de todas as penas, sobre todas as infrações, cometidas por todas as pessoas.
A maior oferta que nós podemos dar a Deus é a nossa obediência a sua Palavra (1 Sm 15.22). Logo, obediência a Deus é a maneira que temos de demonstrar amor a Ele. E a mais alta expressão de amor que podemos manifestar, é o perdão. Assim como a nossa salvação decorre do perdão de Deus, que foi obtida através do sacrifício do seu Filho, quando perdoamos aos que nos ofendem, demonstramos que entendemos o que Deus fez por nós, retribuindo o perdão divino.
Dessa forma, perdoar é uma decisão racional, decorrente da compreensão de que recebemos graciosamente a salvação mediante a fé em Cristo. Condicionar o perdão ao que sentimos ou deixamos de sentir, é irracional e pecaminoso.
Portanto, mágoa, ressentimento, desejo de vingança, são, ao mesmo tempo, decorrentes da falta de compreensão do perdão que Deus, como também o próprio castigo que o Pai inflige aos filhos ingratos. Pois, se Deus nos perdoou, temos a obrigação de perdoar.
Que Deus tenha misericórdia de nós, para que “vençamos o mal com o bem!”